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segunda-feira, junho 28, 2004

e antes de dormir

obrigada. :) Por seres maninho, entre outras coisas.

sexta-feira, junho 25, 2004

Sonhei. E no sonho quase que existias. Se é pecado, sou eu. Riscada dos dois lados. Colada de um rosto só nos teus cabelos desarrumados. As cadeiras sitiadas por uma luz singular. Os colos trocados nas cadeiras. O cenário é emulado, posto à escuta de mim. Se é pecado, sou eu. A pensar que existo.
(risos e mãos na boca)

domingo, junho 20, 2004

E a bandeira saiu da janela, da varanda, da montra, do carro... para ir calçar a rua.

sexta-feira, junho 18, 2004

Um abraço alto, um PARABÉNS gritado, um beijo alegre. E um obrigada também.
Pelo teu ombro moreno.
*******my love*******

segunda-feira, junho 14, 2004

O sol já caiu e, à hora em que cessamos de existir, por sermos só sombra e calor, apareces. Por nada. Os prédios perdem a consistência. Verticalidade. Ganham respiração. São só corpos. À hora em que a casa se decompõe em zumbidos de luz, ondulantes, tu aproximas-te e abres as janelas. Uma por uma. Os vidros estilhaçam-se sem ruído. O sol já caiu. Então desapareces. Cessas de. À hora em que desejamos. Só. Desapareces. Voltas de corpo molhado, a trincar melancia.

sexta-feira, junho 11, 2004

Recebi tuas palavras, sol e algodão. Vão para o meio do meu caderno, "assassinar saudades".
Gosto-te. :)

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Subir, subir, subir. E ser pequena.
1982, fotógrafo desde.
Subir para abrir as portas, chegar às prateleiras. Subir para abrir a janela sobre o telhado: a luz incha no sotão, fragmenta-se no pó. Ser pequena. Afastar brinquedos, desenterrar livros até chegar às fotos, aos químicos. Relógios desligados. Subir aos armários. Provetas e tinires de vidro. Plásticos laranja: redondos com tampa, concertinas. Pioneses, corpos marcados, papel sensível. Subir e cair em negativos nunca contados.

"NÃO MEXER".
Árvores aguadas a negro. Uma menina no caminho. A subir.
1982, fotógrafo desde.

Os ruídos complicam-se, com livros de estudo a tombar sobre as bolas e carrinhos, a abrir espaço para a estrutura de vidro, tinas de plástico, o ampliador, maquinetas sem bilhete de identidade. Um espirro. Um acender de lâmpadas. Vermelha, Amarela, Negra, 60 Watts.
Revelador.
Fixador.
Subir para desmarcar o corpo de lembranças. A luz cruza-se nos braços esticados. Nos pulsos fotólito.
Reveladora.

segunda-feira, junho 07, 2004

Afinal estava tudo previsto...

Sigo curiosa o correr de um jogo de PS2 que meu mano joga muito. Passa-se numa realidade alternativa, pós guerra fria, em que os soviéticos dominam o mundo. O objectivo é... matar homenzinhos e - pormenor requinte - só se passa de nível depois de hasteada a bandeira (toda riscas e estrelinhas). Chama-se "Freedom Fighters" e é uma nova forma de aprender História Universal.

domingo, junho 06, 2004

anyone headed SOUTH?

Preciso de boleia, URGENTE, até Coimbra! Para dar um abraço a um amigo! E para lhe roubar, por um instante, do colo, o choro de uma nova criaturinha...

(nibs saltou, saltou, saltou, vestiu-se e foi para a rua ver a estrada crescente.)

Queria ter ido contigo. Quero ter ido contigo. Não fui.
Ficaram por inventar braços e músicas. Tiques. Ficaram textos por escrever. E as teorias onde incluissem "eu" nas multidões. Ficaram coisas por ensinar. Por calar. Por adormecer. Ficou a tua indecisão comigo. E eu indecisa dentro da tua. No canto da boca.
(i faz sentido assim)

quinta-feira, junho 03, 2004

"Está tão escuro que o fim do mundo pode estar próximo.
Convenço-me que vai chover.
Os pássaros do jardim estão silenciosos.
Nada é o que parece,
Nem nós mesmos.

Na nossa rua há uma árvore tão grande
Que podemos esconder-nos todos nas suas folhas.
Nem precisaremos de roupas.
Sinto-me tão velho como uma barata, disseste.
Imagino-me passageiro de um navio-fantasma.

Agora nem um suspiro lá fora.
Se alguém abandonou uma criança no nosso patamar,
Deve estar a dormir.
Tudo está a vacilar na borda de tudo
Com um sorriso polido.

É porque há coisas neste mundo
Sem qualquer solução, disseste.
Nesse instante ouvi a laranja cor de sangue
Rebolar pela mesa e com um baque
Cair no chão rachada ao meio.

(CHARLES SIMIC)

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