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sexta-feira, março 24, 2006


(Londres,8Mar05)

a primeira letra da primavera é amarela.

Queria saber escrever romances à chuva. Que começassem como aulas de ballet. Acabassem no fundo do mar.

sábado, março 04, 2006

"Alindai-vos, dançai, desatai a rir.
Eu nunca poderia atirar o Amor pela janela".
(RIMBAUD)

Depois de uma forte exposição, revelado e posto a secar...

(nubes by my CHARLI VIAN)


(19Fev06, Brg)

Olhos-de-faz-de-contas. Cravam-se, reviram-se, semicerram-se, doem contra o feedback das luzes-letreiro-branco-com-itálicos-serifados, cerram-se.
O céu escorre nas janelas e nos jornais por comprar. Desloca-se do fim do dia sem créditos para as caixas dos esgotos. Derrete as sombras e faz dos guarda-chuvas vinis riscados. Olhos-de-faz-de-contas. Cerram-se, reviram-se, cosem-se, imaginam. Ser primavera e ser sol. Ser um sol gárgula. Ser amarelo o dia, gemado. Imaginam, cremam-se nesse sol. Sorriem. Depois caem e rasgam-se num sopro. "Oh, menina... Não precisa de estar à chuva. A minha sombrinha chega para as duas!" Sorriem.

"O que eu quero é ser como o sol, que, segundo consta, nunca arrefeceu."
(MANUEL CINTRA)

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