<$BlogRSDUrl$>

sábado, março 04, 2006


(19Fev06, Brg)

Olhos-de-faz-de-contas. Cravam-se, reviram-se, semicerram-se, doem contra o feedback das luzes-letreiro-branco-com-itálicos-serifados, cerram-se.
O céu escorre nas janelas e nos jornais por comprar. Desloca-se do fim do dia sem créditos para as caixas dos esgotos. Derrete as sombras e faz dos guarda-chuvas vinis riscados. Olhos-de-faz-de-contas. Cerram-se, reviram-se, cosem-se, imaginam. Ser primavera e ser sol. Ser um sol gárgula. Ser amarelo o dia, gemado. Imaginam, cremam-se nesse sol. Sorriem. Depois caem e rasgam-se num sopro. "Oh, menina... Não precisa de estar à chuva. A minha sombrinha chega para as duas!" Sorriem.

"O que eu quero é ser como o sol, que, segundo consta, nunca arrefeceu."
(MANUEL CINTRA)

This page is powered by Blogger. Isn't yours?