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sexta-feira, junho 11, 2004

Subir, subir, subir. E ser pequena.
1982, fotógrafo desde.
Subir para abrir as portas, chegar às prateleiras. Subir para abrir a janela sobre o telhado: a luz incha no sotão, fragmenta-se no pó. Ser pequena. Afastar brinquedos, desenterrar livros até chegar às fotos, aos químicos. Relógios desligados. Subir aos armários. Provetas e tinires de vidro. Plásticos laranja: redondos com tampa, concertinas. Pioneses, corpos marcados, papel sensível. Subir e cair em negativos nunca contados.

"NÃO MEXER".
Árvores aguadas a negro. Uma menina no caminho. A subir.
1982, fotógrafo desde.

Os ruídos complicam-se, com livros de estudo a tombar sobre as bolas e carrinhos, a abrir espaço para a estrutura de vidro, tinas de plástico, o ampliador, maquinetas sem bilhete de identidade. Um espirro. Um acender de lâmpadas. Vermelha, Amarela, Negra, 60 Watts.
Revelador.
Fixador.
Subir para desmarcar o corpo de lembranças. A luz cruza-se nos braços esticados. Nos pulsos fotólito.
Reveladora.

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