<$BlogRSDUrl$>

quarta-feira, setembro 29, 2004


by MATTHIEU APPRIOU

terça-feira, setembro 28, 2004

Estou enjoada do Verão e das telas de lua espalhadas pela casa. Dêem-me o Outono, para eu andar descalça pelos ocasos. Para sentir as quedas.

terça-feira, setembro 21, 2004

maçã+alt ESC

Já experimentaste colocar um espelho em frente a outro? É esse o sentimento.

Dia 23, às 21:28, estarei a olhar o céu à espera da chuva.
"Dás-me (am)ar". :)

"Era uma vez um menino que tinha a cabeça cheia de memórias.
Um dia, fugiu-lhe da cabeça a memória de um sapo e algumas sombras.
Então o menino esqueceu o que era um sapo
e com uma leve saudade, partiu à procura dessa memória."

(in Terra do Nunca, Notícias Magazine)

segunda-feira, setembro 20, 2004

o estranho caso

art: Tens o freehand no teu computador?
nibs: Tenho...
art: Onde?
nibs: Vai às recent applications...
art: Onde?
nibs: Vai à maçã..
art: Maçã? Que maçã?
nibs:...

sexta-feira, setembro 17, 2004

"Não sei como dizer-te que a minha voz te procura
e a atenção começa a florir, quando sucede a noite
esplêndida e vasta. Não sei o que dizer, quando longamente teus pulsos
se enchem de um brilho precioso
e estremeces como um pensamento chegado. Quando,
iniciado o campo, o centeio imaturo ondula tocado
pelo pressentir de um tempo distante,
e na terra crescida os homens entoam a vindima
- eu não sei como dizer-te que cem ideias,
dentro de mim, te procuram. (...)"

(HERBERTO HÉLDER)

terça-feira, setembro 14, 2004

Até ao 3º andar com medo de ficar presa no elevador. A água sempre a correr, a água difícil de temperar, o ruído trancado fora das janelas, o sol a pôr-se em quadro na sala da rapariga, no outro lado da rua, a hora em que a rapariga sai à janela para fumar um cigarro, a hora em que a rapariga volta para dentro e fica só o sol a pôr-se, vermelho, a água difícil de temperar, as manchas no chão da cozinha, o relógio parado nas onze, a cama por fazer, o armário sempre aberto, as fotografias, o edredon preso na janela para não deixar entrar o dia, o edredon e a estrela azul aos pés, a hora da televisão a estender-se pela sala, a água sempre a correr, a água difícil de temperar, o dia que entra apesar do edredon, a estrela caída aos pés, as portas do armário sempre abertas. Barulho a fechá-las. Alguém que acorda. Até ao rés-do-chão com vontade de ficar presa no elevador. A estação que varre coroas no chão. Que sabe de cor a hora para ir embora. Laranja. Com sede.

terça-feira, setembro 07, 2004

As sapatilhas foram à máquina.
Muita centrifugação e água com detergente depois....

sábado, setembro 04, 2004

Um céu roxo, um mar de vento. Está servida a tempestade.

quarta-feira, setembro 01, 2004

Um dia imperfeito. A seguir a outro. A subir insuflado,a escorregar de olhos baços, contra os vidros. Estar no metro anódino, a olhar as horas, a consultar as sombras, a decorar os rostos - ninguém fala, ninguém discute, respira-se. Estar no metro a contar as estações, a pensar os edifícios, a abraçar os braços, a decorar os rostos. Um rosto redondo, com caixilho alaranjado. Um sorriso decifrado, colado sobre. No dia imperfeito a mulher sorri com os lábios, com o corpo na margem do banco azul, com as mãos apertadas uma na outra, com o sorriso. Apanhado no rosto como um peixe. Impertubável. Estar no metro anódino a decorar o rosto da mulher, o florido da camisa, a decorar-lhe o sorriso. A sorrir sem saber porquê.
( E a querer enviar-to)

This page is powered by Blogger. Isn't yours?