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terça-feira, setembro 14, 2004

Até ao 3º andar com medo de ficar presa no elevador. A água sempre a correr, a água difícil de temperar, o ruído trancado fora das janelas, o sol a pôr-se em quadro na sala da rapariga, no outro lado da rua, a hora em que a rapariga sai à janela para fumar um cigarro, a hora em que a rapariga volta para dentro e fica só o sol a pôr-se, vermelho, a água difícil de temperar, as manchas no chão da cozinha, o relógio parado nas onze, a cama por fazer, o armário sempre aberto, as fotografias, o edredon preso na janela para não deixar entrar o dia, o edredon e a estrela azul aos pés, a hora da televisão a estender-se pela sala, a água sempre a correr, a água difícil de temperar, o dia que entra apesar do edredon, a estrela caída aos pés, as portas do armário sempre abertas. Barulho a fechá-las. Alguém que acorda. Até ao rés-do-chão com vontade de ficar presa no elevador. A estação que varre coroas no chão. Que sabe de cor a hora para ir embora. Laranja. Com sede.

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