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segunda-feira, julho 22, 2013


O mar pelos tornozelos magros de uma menina-mulher. Treze anos e o cabelo liso, com sintomas de vento. Esguia como um peixe vertical. Sem brilhos, porque sem rosto. Voltada, sem regresso possível, para o mar. Sem rosto. Com o mar a subir irrespirável dos tornozelos magros, para as coxas magras, até à barriga sem luas. Silencioso. E azul ameixa. Como quem conta segredos. Irrespirável. Sem rosto, a menina-mulher é só cabelo a balouçar-se e a carregar-se de sal e estática. Consumida pelo vento e mar. Sem regresso possível.

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