Se está escrito a vermelho, é porque não se deve esquecer, caídas as cortinas sobre o ultimo sol do dia.
Se está escrito que não há dias atrás de dias, apenas descargas eléctricas provocadas pela má ligação dos cabos nos parapeitos da noite. E que quando se vê que a casa está envidraçada e cheia de pó, agitada. Que essa casa não está aqui, mas aqui dentro. Se está mas não está porque ameaça cair dos braços, do colo, dos olhos, a pequena. Se a pequena não está quieta. Se treme como as árvores nas corridas do vento. Se a casa amanhece intermitente, mal sintonizada com gente rara. Gente vermelha. Esquecida. É porque és tu na margem da linha, quando o metro desaparece ao longe em trovoadas.