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sexta-feira, janeiro 28, 2005

O Peter Pan está doente.
"Segues em frente e viras na segunda porta."
Depois de um corredor cheio de bocejos do sol e de meninos de pijamas-animados, a calcar pantufas gordas como se de poças de nuvens se tratassem, depois deste corredor cheio de slurps e smacks e cof cof e a a a atchim e olhos entre aspas. Depois, na segunda porta viro. Mas para olhar só, por mero acaso.
O Peter Pan está doente. Está de barriga para baixo. Diz que o umbigo faz tic tac e lhe dá incomensuráveis, inefáveis e outras demais palavras-oximoro cócegas. Os médicos estão preocupados, porque desconheciam tais palavras. O Peter Pan ficou de barriga para baixo. A olhar a porta que é a segunda. As mãos a emoldurar o rosto de pirata sem maré. Os pés cruzados a balançar acima do corpo. As cócegas complicadas a fazer tic tac no umbigo. A porta que é segunda vê-me passar. Vê-me a olhar por mero acaso. O Peter Pan está doente. Vê-me a deslizar pela parede e a ficar aninhada nas histórias do corredor cheio, dentro das aspas destes olhos. Com os pés doridos do chão.
Cof cof.

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