A cidade doba-se com o amanhecer. No barulho das árvores suspensas, no gemido das árvores caídas. O vento são dedos pelos cabelos, são mãos pelo corpo, são casacos entreabertos, são cores a fugir, são carrocéis de folhas, são escamas nos edifícios, são.
Gente parada.
A chuva inconsolável.
O vento são cabelos contra a luz, são mãos na cara a cruzar as bocas de vidro, estreladas.
Gente parada.
Os olhares cruzam-se em torno das bocas. No silêncio das árvores suspensas, em torno das árvores caídas.
A chuva inconsolável.