sexta-feira, maio 28, 2004
O quem me diz que tenho dois "homens" em casa? Duas PS2! Vá lá, pai e filho souberam entender-se a escolher cores diferentes para não haver confusão...
PS: Alguém me empresta DVDs?
terça-feira, maio 25, 2004
Being your slave, what should I do but tend
Upon the hours and times of your desire?
I have no precious time at all to spend,
Nor services to do, till you require.
Nor dare I chide the world-without-end hour,
Whilst I, my sovereign, watch the clock for you,
Nor think the bitterness of absence sour
When you have bid your servant once adieu.
Nor dare I question with my jealous thought
Where you may be, or your affairs suppose,
But, like a sad slave, stay and think of naught
Save where you are, how happy you make those.
So true a fool is love that in your will,
Though you do any thing, he thinks no ill.
(WILLIAM SHAKESPEARE)
Tem de haver um motivo para me apareceres recuperado numa página de
word.
segunda-feira, maio 24, 2004
1:54
Hora de bater palmas. Para espantar o sono, para espantar as sombras e obliterar ideias outras que teimam em trepar peito acima. Para (e porque é tão importante como outra coisa qualquer, surgida do riso que se parte) lembrar às fadas que as
fadas existem. Porque sim.
domingo, maio 23, 2004
O porquê de não poderes chatear-te comigo
"Everyone is changing
there's no one left that's real
to make up your own ending
and let me know just how you feel
cause I
get lost without you"
(PUDDLE OF MUD)
(entre tantos outros)
quinta-feira, maio 20, 2004
Heras azuis a vestir os móveis. Heras azuis a subir nos rodapés, a abraçar os espaldares das cadeiras, a avançar como serpentes pelos corredores. Heras azuis a acender os azulejos e os espelhos. A acender a noite dentro das casas. As mães recolhem as mãos para dentro do seio, como cartas por baralhar. Recolhem-se dentro dos corredores, no quarto interior. Longe das heras azuis. Heras azuis pelos cotovelos, a pressionar os quadris, a descer pelas coxas abertas. Arcos de boca. Bocas em forma de ralos. A escoar as casas. A acender as casas dentro da noite. As mães recolhem-se dentro dos filhos, no quarto interior, de pés descalços e molhados.
O que se faz quando se tem fantasmas no quarto? Quem se chama?
E quando os fantasmas não são nossos para os podermos mandar embora? Não sabemos os nomes, os esconderijos, nem a cor do cabelo. Apenas que fazem frio. Não deixam dormir. Estão ao lado sem dono. Não deixam dormir.
domingo, maio 16, 2004
As manhãs podem ser ondas a bater contra as janelas. Serão sempre manhãs. Azuis, blue, blau. Serão manhãs.
As pessoas emagrecem à semana. Desaparecem debaixo das nuvens. Nuvens que podem ser balões inchados por hélio. Serão sempre nuvens. Brancas, albae, blancas. Debaixo das nuvens e dos prédios e dos pássaros. Pássaros com caudas de água. Serão sempre pássaros. Amarelos, laranja, naranja, amarillos, gelb. Pássaros breves como ideias. As pessoas crescem à volta umas das outras. Dizem que sim, que não. Que a vida é assim: cheia de prédios com pássaros a cair em frente. As palavras nem as sentem debaixo da língua. As palavras engolem-nas como comprimidos. Orange, rosa, vert vitaminado. As pessoas são grandes desde sempre. E desde sempre têm pela mão os meninos que querem ser. Beijam-nos. Pontuais como cerejas cristalizadas. Serão sempre beijos. Rojos. Algumas pessoas desaparecem debaixo da igreja, e na igreja giram em volta do boneco de pedra. Boneco que pode ser santo, deus, fé. Será sempre boneco de pedra pintado, boca aberta e pássaros nos pés.
Sobro eu à janela quando a noite perde vantagem. Azul, blue, blau. Eu queria ser mais para não ser só desejo.
sábado, maio 15, 2004
Apetece-me, porque me apetece, dar-
TE os parabéns.
(Vê lá se percebes este)
segunda-feira, maio 10, 2004
"Queremos o amor, completo e derradeiro, como o cheiro do mosto nos lagares de Setembro."
(DANIEL FILIPE)
Há dias que a frase não pára, como os soluços.
quarta-feira, maio 05, 2004
Com o Verão a debruçar-se perigosamente da janela, nada como as actividades radicais:
desafio um:
passar um dia sem TV
PS: Começa-se pelos fáceis...