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domingo, março 14, 2004

As mãos cheias de gelado.
Salto e caio. Som da pedra na nuca. Rasgou-se. Som ampliado e desfeito.
A gente corre dentro de azuís.
Não me lembro de descer as escadas. Lembro-me de serem altas. Altas como espigas.
O sol. As mãos cheias de gelado.
As nuvens cheias.
O sol espigado.
A gente agarra-me nos azuís. Segura-me a nuca.
A pedra fere como sol. Diástole de ideias.
As maõs cheias de gente.
Da gente, do gelado, da água e das linhas com que me coso.

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