Estas palavras trazem umbigo. Por isso é complicado redimir-me.
Sem rede.
Se eu pudesse choraria como tu, como se fosse a primeira vez. Pele contra pele. Sumo sem açúcar.
Se eu desaprendesse os provérbios: o "remediado está", o "não vale a pena chorar sobre leite derramado"... se eu pudesse riscar os livros de propósito, partir os copos sem querer querendo... depois chorar. Sem consolo, com colo a repor em cena o verão que faz dentro, da raiva.
Sem rede mas com um espelho a ajudar nas didascálias não há perdão. Enceno. E deixo a roupa corar nos olhos abertos, de tão abertos.
Dás-me a mão? (ele é um daqueles seres sem altura para ver o que está dentro das gavetas... por isso a deixou cair.)
Quero que o meu umbigo volte a ser igual ao teu. Sem palavras.