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sábado, novembro 22, 2003

De repente apaga-se a luz e as pessoas esvaem-se. Sem passos. Como uma renúncia.
Tudo silêncio.
Esvaem-se as pessoas e estão todas, de repente, a chocar em turbilhão dentro dos meus tímpanos, cabeça e peito.
(A noite vestiu-se de água em carrocéis. Havia folhas e sombras a derreter na chuva)
Não as percebo. Estão a discutir num sem sentido. Não sei que me querem, não sei se me querem. Passam dentro como se eu estivesse ausente.

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