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sábado, outubro 18, 2003

Abrir os olhos e a noite ainda a derreter na luz longe. Frio. Olhos a arder por ter de os abrir dos sonhos onde havia, lembro vagamente, um chão de casa inundado por água do banho, água a correr pelas escadas e rua de pedra; onde havia gritos de reprimenda e um raro caminho até uma gruta de gelado de nata e chocolate. Rio de olhos ainda a alternar na luz/negro/luz/cinza/luz... a alternar no riso/choro/riso. A filtrar imagens que não devia ter visto nesse sonho.
Depois é afastar cobertores, inspirar fundo, saltar para o chão e acreditar que vai fazer calor.
Os dias podem estar mais pequenos, mas as noites não estão maiores.

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