Estar no centro de uma claridade rigorosa a interrogar-me se será noite ainda. Que não é esta a palavra, que amanhã deveria ter outra acentuação e não passar como um barco vertido, emparedado numa diástole inacabada. Estar no centro da luz interminável como uma clara de ovo. Demorar-me a saber o que é interior.
Barulhos de fermentação.
A cabeça como uma gaiola agitada.
O chão carregado de zumbidos
A cidade ruidosa de calçada, escorregadia à chuva por encetar
A cabeça como um porto vazio.
À espera.
“As paisagens ainda hão-de vir a ser
escrupulosamente electrocutadas vivas” (meu CESARINY)