Todos os palhaços são tomadas de lugares comuns.
quarta-feira, outubro 17, 2007
segunda-feira, outubro 08, 2007
Talvez seja da falta de acentos, mas juro que havia um palhaco na praca. Meias que trepavam pernas como arco íris manchados. Tinha duas musicas a descer-lhe dos olhos: uma triste, outra sonambula.
Olhava-se nas montras violentas era ainda mal manha, mal semana.
Havia 18 folhas a cair como barcos, na subita turbulencia dos carros e bicicletas e passaros. Havia um meio sol nas paredes mais altas, como meias historias deixadas por ler, antes de dormir. O palhaco, dizia, tinha dois olhos sem pálpebras. E um jornal com receitas de como encontrar a lucidez.
"Estavas encantada no metro, eras um casaco rasgado a vermelho contra a porta. E nao viraste o rosto quando passei por ti"
Nao encolheste os olhos.
Juro que havia cinzentos no arco-iris. Como previsoes meio feitas.
Meio por fazer.
Juro que era Verao ainda agora. Ainda agora o vi com o "para sempre" levado a boca.
E que o Outono é a pequena que passa pela mao do pai. Que quer ler o palhaco, levá-lo para casa. Com as latas e aquela folha, entre e adentro as 18, mais escarlate.
Encontrou-as no chao. Pertencem-lhe. Como todos as febres, romas e vidros embaciados.